Ao menos outros oito nomes, além de
Carnavalesca, Bossa Nova e Brazuca, estavam cotados para batizar a bola da Copa
do Mundo de 2014, mas a dificuldade para conseguir o direito de propriedade sobre
algumas dessas marcas fez com que a Adidas desistisse de opções que tiveram até
campanhas oficiais defendendo-as. A empresa parceira da Fifa, que produz as
bolas dos Mundiais desde 1970, registrou dez nomes em setor da União Européia
responsável por proteção de marcas, de onde saíram os três finalistas.
Entre os derrotados que foram
registrados estava Caramuri, uma fruta amazonense, defendida publicamente pelo
governo do Amazonas. Outras opções que tiveram até site de divulgação, como
Gorduchinha (homenagem ao radialista Osmar Santos) e Samba, nem sequer foram
registradas na Europa porque a Adidas já sabia que teria problemas para
adquirir os direitos no Brasil. Os três finalistas foram divulgados anteontem,
e a escolha será feita por voto popular, no site da Rede Globo.
Carnavalesca, Bossa Nova e Brazuca foram escolhidas também
por identificar o Brasil em outros países. No caso de Brazuca, por exemplo, foi
levada em consideração a facilidade de pronúncia para quem não fala português.
A Adidas
informou à Folha que a necessidade de registrar esses nomes em diversos países,
com legislações diferentes, faz com que o processo da escolha do nome da bola
se torne complexo. Um exemplo relativo a problemas com direito de propriedade é
o nome Berimball, registrado pela Adidas na Europa. Este foi descartado porque
há um time de futebol amador de São Paulo que tem o mesmo nome.
Duas
opções tinham o viés religioso, Nossa Fé e Bendita, mas foram descartadas para
evitar impasse com igrejas. A palavra batucada, que era uma alternativa à opção
popular Samba, esteve entre as cotadas, mas a avaliação foi de que era de
difícil compreensão fora do país. O anúncio do nome vencedor será no início de
setembro, mas o modelo da bola só deve ser apresentado no final do ano que vem.
TATU MASCOTE
A Adidas registrou também o nome
tatu-bola. O animal, típico brasileiro e ameaçado de extinção, deve ser
anunciado em outubro como a mascote da Copa. A Fifa pretende que haja uma
interação inédita entre todos os produtos que envolvam a divulgação do torneio,
logomarca, pôster, bola, slogan, etc. A bola será protagonista desse projeto
porque terá ligação direta com a mascote. A tendência é que o desenho da bola
remeta ao tatu mascote, que também terá nome decidido em votação.
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