A pirataria de
produtos que assola o Brasil em cada esquina das capitais tem reflexo direto em
setores de suma importância para o País. A falsificação causa prejuízos de R$
40 bilhões em arrecadação de impostos. São números que comprovam o tamanho do
problema para a sociedade brasileira. Da falsificação de produtos licenciados
que vão desde brinquedos até vestuários, de alimentos até produtos de limpeza,
de CDs de música até DVDs de filmes e shows, de cigarros até bebidas, enfim,
quase tudo se pirateia numa nação onde as leis são frágeis e a fiscalização
praticamente inexiste. Pode parecer inofensivo alguém comprar um DVD pirata ou
uma bolsa falsificada. Fica fácil perceber que uma parte significativa da
sociedade participa deste comércio ilegal, de forma ativa, vendendo os
produtos, ou de forma passiva, comprando esse tipo de mercadoria. Porém, são
várias as perdas que a violação dos direitos autorais traz para o Brasil:
redução na arrecadação de tributos, fuga de investidores estrangeiros, prejuízo
para as empresas e para os artistas, entre tantos outros danos que acabam por
causar uma conseqüência ainda mais perversa: o desemprego.
Através da
falsificação e da apropriação de marcas, os piratas modernos lançam mão de toda
sorte de produtos e envolvem uma ampla rede de colaboradores: contrabandistas,
receptadores, distribuidores e os vendedores. O cidadão deve ter a consciência
de que quando está diante de uma banca de camelô com produtos falsificados, ali
está apenas uma pequena parte de um negócio obscuro, definido pela Polícia
Internacional - Interpol - como o crime do século, por movimentar cifras
superiores ao tráfico de drogas, entre US$ 500 e US$ 600 bilhões anualmente. O
Estado não pode se eximir da sua responsabilidade. Ele deve enfrentar o
problema, tomando medidas que evitem o comércio ilegal que traz tantos
prejuízos.
Por: Valdomiro Soares
Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=99894
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