segunda-feira, 30 de julho de 2012

Gestão de Marcas: O motivo das pessoas comprarem Nike.


Este artigo tem o objetivo de abordar o impacto que a marca reconhecida globalmente tem junto ao cliente, tornando em muitas situações um fator determinante para a compra. Neste artigo veremos as principais estratégias adotadas pela empresa para conquistar essa legião de apaixonados pela marca.


A Marca é um dos fatores predominantes no processo de compra do cliente, com o passar dos anos as empresas vem explorando cada vez mais essa área a fim de captar novos clientes, é um fator em constante crescimento que visa a exposição do produto e a admiração de seu público-alvo. A marca Nike, como pessoa, é vigorosa, elegante, determinada em se destacar, saudável e fisicamente apta. A marca é muito ambiciosa (no sentido de que usar Nike representa aquilo que os usuários gostariam de ser, não sua auto-imagem real), com uma personalidade influenciada por endossantes como Michael Jordan, Andre Agassi e Bo Jackson e por esforços publicitários como a campanha Just do It. Para algumas pessoas, usar a marca Nike pode ser uma afirmação pessoal daquilo que gostariam de ser. (AAKER; 2007; p. 153).
            Um símbolo poderoso pode proporcionar coesão e estrutura a uma identidade, facilitando a obtenção de reconhecimento e a recordação. Sua presença pode ser um componente fundamental do desenvolvimento de uma marca e sua inexistência pode constituir uma deficiência substancial a elevação dos símbolos ao status de componente da identidade reflete seu poder potencial. (AAKER; 2007; p. 88).  
            As marcas que atingem o status de global, conforme Plumer (1998) são aquelas que conseguem comunicar com consumidores de diferentes faixas etárias, de culturas diferentes, em diferentes lugares do mundo, através de uma ligação emocional baseada em princípios e necessidades humanas universais. Segundo o autor, conhecidas como marcas exploradoras, prometem ao consumidor que, ao usufruírem a marca, através do consumo do produto ou serviço, terão a possibilidade de tornarem-se pessoas melhores. Um dos aspectos que Berverland (2004) acredita que valorizam a marca são as associações com personalidades da mídia.
            Para Solomon et al (1983) o consumo de simbolismo compensatório ocorre quando os indivíduos não conhecem muito bem o papel que “devem” representar e assim o simbolismo do produto acaba exercendo uma primeira influência sobre o comportamento. Isso ocorre quando produtos são usados para representar uma classe social ou um estilo de vida, por exemplo. Desta forma as pessoas empregam produtos para influenciar a aparência que transmitem para outros indivíduos em dada situação.
             Como se poder ver o principal fator para trazer o retorno do investimento de uma empresa é o Marketing, pois através dele você consegue fazer com que as pessoas despertem o desejo de adquirir o seu produto.
            Segundo Kaiser (1998), a psicologia social do vestuário se concentra em entender as várias maneiras que as pessoas usam para modificar a aparência de seus corpos, como também as forças sociais e psicológicas que interferem no processo de gerenciamento da aparência pessoal. Este gerenciamento da aparência é o que nós fazemos visualmente com nossos corpos, como nós planejamos e organizamos estes atos, como tomamos decisões sobre o que comprar e usar e quais são as implicações sociais destas decisões.
            Este é um conceito universal. Todos os indivíduos são engajados, de certa forma, no gerenciamento de sua aparência diária. Esta preocupação com o gerenciamento da aparência acontece porque existe a percepção da aparência que é o processo de observar e fazer avaliações baseado em como a pessoa se apresenta. Conforme Ierigaray (2004) a marca de um produto ou de uma empresa não é apenas o seu nome, mas tudo (ou qualquer coisa) que faça consumidores identificá-los: cor, som, identidade corporativa, símbolo, desenho, slogan, até a fonte utilizada.
            O papel fundamental de uma marca é a criação de comunicação a sociedade da identidade de uma organização, bem ou serviço. Junto com os benefícios, que são os direitos legais implícitos, vem a responsabilidade de honrar a proposta que está sendo apresentada ao mercado. A teoria de auto congruência de Sirgy (1982) contribui afirmando que consumidores preferem produtos e marcas com significado que são consistentes com seus auto conceitos, assim sendo, motivados por auto consistência consumidores comparam seus auto conceitos com a imagem dos produtos e preferem produtos cujas imagens são congruentes com suas auto imagens. O sentimento de pertencer ou estar com e para alguém numa sociedade de consumo implica no uso de símbolos e sinais de aparência. A marca de moda é carteira de identidade, não só desta era pós-moderna, como em todo decorrer da história da humanidade. O indivíduo expressa sua essência através de aspectos simbólicos presentes na aparência adornada. Sem o significado social a peça de roupa perde o valor sendo o argumento publicitário da personalização fundamental, pois ao personalizar os objetos, a sociedade se comunica e, assim, se integra. A relação da consumidora não é com o objeto, mas com o mundo mediante o uso do objeto, de forma que a marca é apenas instrumento desta relação.
            No contexto de marcas, Fournier (1998) afirma que marcas fortes geram estruturas de conhecimento bastante desenvolvidas com diversas camadas de significados, refletindo graus de intimidade mais profundos e laços de relacionamento mais duráveis. Portanto, esta inclui o conhecimento e a familiaridade dos consumidores com a marca, e a percepção de familiaridade da marca para com o consumidor. Além disto, a autora também relata que todos os relacionamentos dos consumidores com marcas consideradas fortes podem ser alcançados nas suas crenças sobre a superioridade daquilo que recebem. Tal situação provê à mente do consumidor informações sobre a marca, as quais são personalizadas e guardadas na memória deste. Essas ainda oferecem ao consumidor um sentimento de estabilidade que gera avaliações a respeito da qualidade do fornecedor e sustenta sua saliência ao longo do tempo.
            Desde os anos 1990 as empresas têm aumentado sua dedicação a elaboração de marcas significativamente, isto é um reflexo da supervalorização de vendas de marcas em muitos casos com valores bem superiores aos ativos da empresa.
            Segundo Aaker (1996) o marketing afirma que as marcas têm valor para os consumidores porque garantem a qualidade e a procedência dos produtos; facilitam a interpretação e o processamento de informações pelo consumidor; geram confiança na decisão de compra; reduzem riscos inerentes ao processo de escolha; funcionam como dispositivos simbólicos; possibilitam satisfação de uso dos produtos etc. Aaker afirma ainda que o valor da marca é sustentado em grande parte, pelas associações estabelecidas pelos clientes em relação a uma marca, essas associações podem incluir os atributos dos produtos, um garoto-propaganda célebre ou um determinado símbolo. As associações relativas à marca são impulsionadas pela identidade da marca, aquilo que a organização deseja que a marca represente na mente dos clientes em conseqüência, os elementos fundamentais para construir marcas de sucesso são o desenvolvimento e a implementação da identidade da marca.
            Através deste artigo é possível concluir que a construção da identidade da marca Nike se baseou na qualidade de seus produtos e na publicidade criativa, este trabalho de construção de marca fez com que a empresa conquistasse ao longo dos anos a liderança mundial de produtos esportivos e transformou a Nike em sinal de qualidade, e á através dessa qualidade que você atende a expectativa do seu cliente e consegue fidelizá-lo para que ele continue e indiretamente fazendo uma propaganda positiva da marca.
            Podemos notar também neste artigo que tudo começou com uma forma de inovação no mercado de footwear, onde o criador da Nike recebeu uma oportunidade em melhorar a performance dos atletas e investiu nesse segmento, fazendo alianças e tendo uma visão estratégica do negócio. Atualmente a Nike fatura na casa de US$ 15 bilhões e é a 63ª marca mais lembrada do mundo e líder na área de vestuário.
            Este artigo demonstrou que para você ter sucesso na sua marca é necessário que seu produto tenha qualidade, pois se seu produto for bom, seus clientes não vão se importar em pagar um pouco a mais para ter um produto de qualidade em mãos foi com esse pensamento que a Nike atingiu o sucesso que identificamos na leitura de diversos livros de Marketing.
            Uma sugestão de continuidade do presente artigo estaria ligada ao quão rentável seria para a Nike abrir uma loja virtual, tendo em vista o status global que a marca possui e o fato do e-commerce ser uma tendência mundial, fazendo uma análise mais detalhada sobre este assunto poderíamos identificar uma nova oportunidade de lucratividade para a empresa.



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