segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Diferendo pela propriedade intelectual.







O litígio entre as companhias Samsung (Coreia do Sul) e Apple (Estados Unidos), especializadas no setor de alta tecnologia, representa a mas recente ação num meio onde o propósito aponta à dominação num mercado multimilionário em expansão.
Samsung enfrenta a decisão de uma instância judicial norte-americana, impondo-lhe uma multa de milhões de dólares, sob o argumento de violar ao menos seis patentes de tecnologia e desenho da firma estadunidense Apple.
Uma corte federal em San José (Califórnia) considerou que o fabricante sul-coreano violou licenças de sua rival estadunidense relacionadas com a tecnologia e o desenho de zoom táctil de seus telefones inteligentes e do tablet iPad.
Cabe destacar que já no passado ano o fabricante norte-americano formulou uma denúncia contra a entidade asiática por considerar que copiou de forma deliberada os desenhos de seus dispositivos móveis para fabricar sua geração seguinte de telefones e lançar seu tablet Galaxy Tab.
No entanto, a instância judicial recusou uma reclamação da Samsung sobre o fato de que Apple tinha-se apropriado sem autorização de sua tecnologia de telecomunicações 3G e algumas características da câmera de fotos para telefones.
A falha nos Estados Unidos chegou depois de um ditame emitido por um tribunal sul-coreano que considerou ambas as empresas responsáveis de infringir algumas de suas respectivas patentes nos dispositivos móveis.
Depois, Apple apresentou um relatório onde relaciona oito modelos de telefones inteligentes da Samsung que deveriam deixar de ser comercializados no mercado norte-americano.
Como argumento está a menção de que os dispositivos fragilizam alguma das seis patentes que a corte de San José assinalou como exclusivas do iPhone, no julgamento celebrado na Califórnia.
Entre os modelos mencionam-se o Galaxy S 4G, Galaxy S2 (AT and T), o Galaxy S2 (Skyrocket), Galaxy S2 (T-Mobile), Galaxy S2 Epic 4G, Galaxy S Showcase, Droid Charge e o Galaxy Prevail.
Segundo os especialistas, o impacto nas vendas da Samsung poderia ser mínimo, tomando em conta que a reivindicação da Apple se concentra em dispositivos que contribuíssem menos de 1,4 por cento dos benefícios da firma para o ano que vem.
Evidentemente, diante da existência de um mercado próximo aos 200 bilhões de dólares para os telefones inteligentes, Samsung mantém sua estratégia de lançar novos produtos e nesta ocasião corresponde o turno à segunda geração de seu telefone-tablet Galaxy Note, em desafio a Apple.
Não obstante, a contenda aponta a limitar-se só aos dispositivos mencionados, pois ambas as companhias mantêm uma estreita e imprescindível cooperação em matéria de insumos.
Como exemplo, os especialistas recordaram que os produtos de Samsung representam 26 por cento do custo dos componentes do iPhone -produto emblemático da Apple.
E ainda, as vendas de componentes da companhia sul-coreana estimam-se em 13 bilhões de dólares no próximo ano, a partir de prognósticos da empresa Morgan Stanley.
Segundo analistas da KDB Daewoo Securities, a Samsung é o único provedor de microprocessadores da Apple, utilizados nos principais produtos do fabricante estadunidense.
RIVAIS À ESPERA: À luz do litígio, companhias da concorrência como Nokia e Microsoft estão à espera dos resultados para aproveitar as brechas que possam surgir no mercado.
Para a segunda delas, a controvérsia serviria para abrir passo ante o predomínio do sistema operacional Android de Google, o qual é utilizado em 65 por cento dos telefones inteligentes vendidos em nível mundial.
Na opinião dos especialistas, a falha contrária a Samsung gera riscos legais para os fabricantes de dispositivos, daí a possibilidade de reorientar sua atenção para Microsoft.
A parte de telefones inteligentes com Windows Phone como sistema operacional equivale atualmente a cinco por cento, e aproveitando a atual conjuntura é susceptível de chegar a 30 por cento nos próximos anos.
No entanto, diversos analistas coincidiram na possibilidade de que a Microsoft vá à opção de formar um bloco fechado com a Nokia como sócio, para aportar assim um modelo exclusivo de negócio.

Fonte:
 http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=544922&Itemid=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário