Para os brasileiros, pode soar tão grave quando dizer que
nossa capital é Buenos Aires. Mas nos Estados Unidos, por muito tempo, a
cachaça tem sido conhecida como “rum brasileiro” ou "brazilian rum".
A
partir desta quinta-feira, no entanto, essa realidade começa a mudar. Hoje é o
primeiro dia em que o nome “cachaça” virou uma marca com
direitos de uso exclusivos para produtos fabricados no Brasil, e de acordo com
os padrões de qualidade nacionais.
A
mudança ocorre após mais de uma década de negociação, e foi aprovada pelo
Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB), órgão do governo americano
especializado no comércio de álcool e tabaco, em fevereiro.
A
ideia é potencializar os ganhos com o aguardente, dando o mesmo tipo de selo
que a França ganhou com o direito exclusivo de chamar de champanhe o vinho
espumante que produz. Ou o México com a tequila.
"É
importante porque evita que a cachaça se torne um destilado genérico, vindo de
qualquer país. Do ponto de vista do mercado, para as marcas brasileiras é a
chance de garantir uma reserva junto aos consumidores internacionais e fomentar
a exportação”, afirma Vicente Bastos, presidente da diretoria executiva do
Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), que reúne empresas e produtores.
Bastos
explica que, entre as mudanças, está sendo gestada uma campanha de promoção do
nome e da imagem da
cachaça fora do país. “Os americanos, por exemplo, conhecem mais a caipirinha
do que a cachaça. Nossa ideia é investir no marketing da
caipirinha autêntica”, diz.
O
destilado de açúcar gera 15 milhões de dólares por ano às empresas brasileiras,
sendo que 2 milhões saem dos Estados Unidos.
Fonte: http://exame.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário